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Mostrando postagens de março, 2014

Namoricos e uma quase-morte

Hoje em dia quase todos estão acostumados com o namoro entre Danica Patrick e Ricky Stenhouse Junior, dois pilotos da NASCAR. Até recentemente Stenhouse, que tem cara de garoto, era mais conhecido por esse fato do que seus resultados. Ocorre que Ricky já chegou em segundo numa corrida deste ano, algo que Danica nunca chegou perto até hoje. Os dois pilotos, que já se estranharam na pista, já namoram há algum tempo, embora nem Ricky, nem sua mãe pareçam gostar do hábito de Danica de se expressar com multidões de palavrões. Na Indycar Danica não namorou ninguém. O romance Danica-Ricky não foi o único da história do automobilismo. De fato, a primeira mulher a correr na Fórmula 1, Maria Teresa de Filipis, chegou a ser noiva, ouviram bem, noiva de outro piloto italiano, o mais famoso Luigi Musso. Não deu em casamento, e para Maria Teresa foi melhor assim, pois em poucos anos ficaria viúva. A própria Maria Teresa quase não chega a pilotar na F-1, pois um acidente em Mugello, em 1955, qu

Um ângulo inusitado

Uma coisa que mais me fascina sobre a história do automobilismo é a grande variedade de personagens encontrada no esporte. Sem contar donos de equipe e patrocinadores, e levando em conta somente nos pilotos, vemos que nosso esporte foi praticado por uma vasta gama de indivíduos, desde mecânicos a ricaços, nobres, atores, músicos, políticos, reis, herois de guerra, traidores, fazendeiros, contrabandistas de bebidas alcoólicas durante a lei seca, traficantes, médicos, militares, etc. De modo geral, exclui somente as camadas mais pobres da população, até porque é necessário ter pelo menos uma base razoável para começar o esporte - ao menos dinheiro suficiente para comprar um carro de rua, diria. Náo é um esporte que se pratica somente com uma bola de meias, afinal de contas. Sendo assim, encontram-se histórias incríveis, principalmente fora da Fórmula 1. Algumas surpreendentes como esta. Alta foi um pequeno fabricante inglês de carros esporte e de corrida do pós guerra. De fato, foi o

Algumas coisas que podem acontecer na Austrália

Muito se espera do GP da Austrália. Tipo, surpresas mesmo. Eu ia escrever uma análise super fundamentada sobre o que acho que vai acontecer, porém resolvi chutar o pau da barraca e vou avacalhar. , Afinal de contas, outro dia comentei num post no Facebook sobre as probabilidades de cada equipe e fui devidamente avacalhado, por gente que jura de pé junto que o binômio Massa-Williams levará o caneco!!! E que não sabe somar, ainda por cima. Curiosamente, no dia seguinte a Autosport inglesa publicou uma opinião que quase se espelha à minha...   Eis as possibilidades do primeiro GP do ano a) Ninguém termina a corrida. Não seria a primeira vez que isso acontece no automobilismo, embora nunca tenha acontecido na F1. Entretanto, nas primeiras corridas da F1 de 3 litros, em 1966, pouca gente terminou as provas. Seria realmente engraçado se ninguém terminasse a corrida. Mais engraçado ainda se... b) Só o Sebastian Vettel terminar a prova e ganhar seu décimo GP seguido, apesar das macumbas

Ideias antigas, uma quase tragédia

Nas últimas provas da Indycar aqui em Homestead haviam concertos de rock e country no mesmo dia nas instalações do autódromo. Não eram bandas famosas, pelo contrário. A ideia na realidade é agregar valor ao evento, além do automobilismo, e chamar os jovens para as pistas. Este não é um fenômeno americano, de fato, na Europa já proliferam eventos que mesclam música com corridas, com resultados nem sempre alentadores. A razão de querer misturar música com automobilismo se calca na falta de interesse cada vez maior dos jovens pelas corridas. Quando cresci, Interlagos ficava cheio de jovens. E assim ocorria com as outras pistas no mundo inteiro. Hoje em dia, o público nas corridas envelheceu, o que assusta bastante os promotores de corridas. Há diversas razões para este desinteresse, muitas das quais já foram discutidas neste blog, porém existe uma grande razão para o jovem não querer participar do evento analógico. Os videogames, embora tenham melhorado em qualidade gráfica, ainda apr

Gerações

Há quem jure de pé junto que os atributos de um bom piloto estão no DNA. Pode ser que uma ou outra coisa passe na genética, porém, muita coisa deve ser ambiental mesmo, e mais ainda, fruto da personalidade individual de cada um, sem contar que as portas se abrem com mais facilidade para filhos de ex-pilotos. Na realidade, há muitos filhos de ex mega campeões mundiais como Niki Lauda que não deram em nada, embora Nico Rosberg prometa. E uma fila imensa de outros filhos de pilotos com pedrigrês mais fracos ainda. A possível estrela deste campeonato é justamente um filho de ex-piloto de F1 do qual muito se esperava, e pouco ocorreu, Kevin Magnussen. Portanto, o tema é interessante. Mais interessante ainda é a situação da família belga Pilette, que teve pilotos em três gerações diferentes, Theodore no começo do século XX, André, cujas principais atuações se deram nas décadas de 50 e 60, e por fim, Teddy, que correu entre as décadas de 60 e 80. O caso dos belgas é curioso, em grande p

Uma tétrica coincidência

Outro dia alguém postou uma foto no Facebook sobre uma trágica corrida realizada em Rouen les Essarts, França, na qual morreram dois pilotos num espaço de oito minutos. Rouen era uma pista perigosa, tanto é que levou a vida de Gerry Birrel, o escocês que, muitos juravam com certeza estaria na Fórmula 1 em 1974. Há diversos casos de tais corridas trágicas, como Imola 1994 e Indy 1973, porém, este post não trata disso. Trata de algo mais esquisito ainda. O ano era 1921. Mais precisamente, maio de 1921. Theodore Pilette já era piloto há alguns anos, e de fato, antes da Primeira Guerra Mundial havia representado a Mercedes em corridas na Europa e mesmo nas 500 Milhas de Indianapolis de 1913. Além de bom piloto, Theodore tinha bom tino para os negócios, e com 26 anos fora nomeado representante da Mercedes na Bélgica. Theodore continuou correndo após a grande guerra, embora se ocupasse mais dos negócios. Em 1921, fora para Stuttgart buscar uma nova Mercedes de corrida, cujo batismo o