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Mostrando postagens de setembro, 2012

Pole do Farfus e vida não tão fácil para outros

Quando a BMW anunciou sua volta ao DTM, e logo depois a contratação do brasileiro Augusto Farfus para a sua esquadra, fiquei feliz. Finalmente o Brasil teria uma representação de peso no principal campeonato de carros turismo na Europa. Sim, por que o WTCC está longe de sê-lo. O DTM é um campeonato muito disputado, com excelentes pilotos como Paffett, Green, Tomczyk, Spengler, etc, além de diversos pilotos jovens que esperam ser o Paul di Resta de amanhã, um piloto que conseguiu o feito de usar o DTM como trampolim para a F1. As coisas não têm sido muito fáceis para Farfus, mesmo em termos de BMW. Entretanto, está parelho com Andy Priaulx,  um outro piloto BMW, este como muitos títulos nas costas. Hoje, em Valencia, Farfus marcou a pole. Já é um bom começo, principalmente se ganhar. Quão duro é o DTM? Os dois últimos colocados nos treinos de hoje foram Ralf Schumacher e David Coulthard, dois ex pilotos de F1, vencedores de GPs, e um deles, ex vice-campeão mundial. De fato, nem

Conta outra

Algumas versões oficiais são difíceis de engolir, e entendo que devemos respeitar um homem que já foi sete vezes campeão de Fórmula 1. Entretanto, é difícil engolir a versão oficial da Mercedes de que contratou Lewis Hamilton para o lugar de Michael Schumacher devido à indecisão demonstrada pelo alemão em renovar pois mais três (que seja, um) ano, que este foi o fator que levou a equipe a contratar Lewis!!! Ou seja, não seria o fraco desempenho demonstrado pelo alemão nas três últimas temporadas que levara a equipe a procurar um substituto no primeiro time. Com isso, somos levados a crer pela fictícia versão oficial de que não só a negociação com Lewis Hamilton foi feita à toque de caixa, como também a contratação de Sergio Perez pela McLaren! Querem que acreditemos que a Mercedes gostaria de ficar com Michael até quase 50 anos de idade, obtendo nonos lugares e aqui e ali entrando na traseira de carros à sua frente com bastante espaço para escapar. Risível. Supostamente, teria si

Hamilton, Perez, Schumacher, mais dúvidas do que respostas

Pelo menos para mim não surpreendeu a saída de Lewis Hamilton da McLaren. A sua contratação pela Mercedes já era esperada por algum tempo, e mesmo fato de a McLaren ter oferecido o mesmo pacote de compensação não animou o inglês a permanecer na equipe que o nutre desde suas épocas de guri. Muito menos surpreendeu o fato de Schumacher não ter renovado com a Mercedes, ou melhor, a Mercedes não ter  renovado com Schumacher. A equipe tem grande potencial, fundamentado no possivelmente melhor departamento de engenharia do mundo, muita grana e vontade de vencer. Schumacher simplesmente voltou diferente, e querendo ou não a idade influenciou e o cara (como todos nós) só está ficando mais velho. O que realmente surpreendeu foi a contratação de Sergio Perez pela McLaren. Não que o mexicano não mereça, muito pelo contrário. O mais lógico seria sua contratação pela Ferrari, afinal de contas, já é (digamos, era) um piloto do esquema Ferrari. Com isso a McLaren faz as pazes com os latinos. Desd

Luiz Razia na HRT no Brasil...sei não

Segundo alguém que conhece muito das coisas, circulam persistentes informações de que Luiz Razia estaria prestes a assinar contrato para pilotar o HRT no GP do Brasil, só no GP do Brasil. Os comentários no Facebook do jornalista foram os mais diversificados. Acho que vale a pena comentar, obviamente o que penso, e não as opiniões dos outros. No meu estilo curto e grosso, diria que seria uma queimação de filme. Primeiro, por que apesar dos sempre otimistas press releases da HRT, que vazam na imprensa quando não há nada mais interessante para comentar (quem perde tempo com a HRT?) e a equipe não dá nenhum sinal de ter melhorado. Nem a presença de Pedro de La Rosa, por muito tempo piloto de testes da McLaren, que inclusive chegou em segundo lugar num GP, aumentou o perfil da equipe espanhola. A única coisa notável por aqueles lados é que Narain finalmente está circulando mais rápido do que Pedro, o que me leva a crer que o espanhol já desistiu e está cumprindo tabela. Cabe notar q

A hora de parar

Podem ficar tranquilos, não vou parar de escrever blogs. Tem gente que gostaria, mas vou continuar. Vão ter que me aguentar mais um tempo. Quando Michael Schumacher disse que voltaria à F1, em 2010, logo previ que não daria certo. Muitos disseram que estava sendo precipitado, que Michael só estava querendo se divertir(!), e que ele ainda era Michael. Michael até pode ser Michael, e tenho certeza de que ainda é. Pelo que me consta, não trocou de nome, não morreu, nem fez operação de mudança de sexo. Portanto, Michael ainda é Michael. Só não é mais AQUELE Michael. Não conheço o alemão pessoalmente, porém, pelas declarações na imprensa, e analisando sua extensa carreira profundamente, cheguei à conclusão de que tinha algumas metas. A primeira, pilotar o carro vencedor na primeira vitória da volta da Mercedes como construtora, já que não pode faze-lo como fornecedora de motores. Depois, tornar-se o primeiro campeão com a marca desde 1955, provavelmente no terceiro ano contrato - ou s

A lógica, ora a lógica

Outro dia disse no  blogdoautomobilismo.com, que por uma questão de lógica, a carreira de um piloto só pode seguir três rumos. Teve resultados compatíveis com seu desempenho.  Teve desempenho melhor do que seus resultados.  Teve resultados melhores do que seu desempenho. No primeiro caso, o desempenho pode variar entre excelente a péssimo. Obviamente, só é possível fazer essa avaliação em retrospectiva, ou seja, depois do piloto se aposentar. Afinal de contas, durante a carreira tudo pode acontecer, e algumas carreiras são longas, longuíssimas. Vejam só a carreira do Derek Bell. Em 1980, o inglês fazia poucas corridas, e sequer arranjava um bom carro para disputar Le Mans, corria num humilde Porsche 924. Parecia estar na direção de um fim inglório. Daí veio o Grupo C, Derek ser tornou campeão mundial diversas vezes, ganhou uma penca de corridas no Mundial, na Europa e nos EUA, e diversas outras edições de Le Mans. Como já aprendi a minha lição, não vou usar exemplos br

Os problemas inversos do Roger Penske

Chamar Roger Penske de tadinho é quase impossível. Afinal de contas, o cara é bilionário, dono da maior empresa de aluguel de caminhões dos EUA, além de outras empresas. Quase comprou a Saturn da GM! Além disso, sua equipe foi a maior vencedora da Indy 500 e de campeonatos de Formula Indy da história (da fato, a única a ganhar campeonatos na USAC, CART e IRL). Some-se a isso vitórias em corridas (e em alguns casos, campeonatos) de NASCAR, American Le Mans, Can Am, Formula 5000, USRRC, Trans Am, além de triunfos no Mundial de Marcas e na própria Formula 1. Nenhuma outra equipe americana se equipara à Penske, e não existe outra no mundo com tamanha diversidade no sucesso. Que eu me lembre, só não ganhou na IMSA. Pois Penske tem um pequeno probleminha agora. Há três anos seguidos que seu piloto, Will Power, perde o campeonato de Indycar na hora "H", duas vezes para Dario Franchitti, e neste ano para Ryan Hunter-Reay, pior ainda, para os rivais mais difíceis de roer, Ganassi e

Covardia ou coragem?

Quer saber se um cara entende ou não de automobilismo, e veja o que ele diz sobre correr em ovais. Se o cara disser "qualquer macaco faz isso, não precisa ter habilidade nenhuma", deixe-o falando sozinho, pois obviamente não entende nada do assunto. Certamente, correr em ovais e em circuitos mistos requer habilidades diferentes. A maior variedade de curvas, retas, elevações certamente exige um tipo de concentração. Entretanto, em certas partes da pista, os pilotos correm a meros 50 kmph, em Monaco, por exemplo. Por outro lado, pilotar com o pé embaixo o tempo todo, próximo de 300 kmph, às vezes com três caras na mesma velocidade ao seu lado, também exige muito do piloto, fisicamente, e em termos de concentração. Eu diria que Mike Conway era um dos melhores pilotos jovens a entrar na Indycar nos últimos anos, e de fato, chegou a ganhar uma corrida no ano passado, enquanto corria pela Andretti. Esse ano fez um "downgrade" passando para a equipe de A.J.Foyt, há mui

Superações

Os últimos dias foram repletos de superações, daquelas que nos inspiram. Primeiro, as medalhas de ouro do Alex Zanardi no ciclismo, nos Jogos Paraolímpicos. Tenho boas lembranças do Zanardi na sua primeira passagem na CART, entre 1996 e 1998. Surpreendeu a muitos, ganhou dois títulos e muitas corridas, depois veio uma temporada horrível na F1, e a terrível volta à CART, que resultou na perda das suas pernas. Zanardi já havia se superado antes, voltando a pilotar com um BMW adaptado, concorrendo contra pilotos de primeira (e superando-os) no ETC, e agora se superou mais ainda. Considerem que Alex não é um jovem e o ciclismo é uma categoria muito disputada . Depois, a grande vitória de Robert Kubica na sua volta às competições. É verdade que não era uma prova do Mundial, e que era um rallye. Mesmo assim, a vitória na volta já demonstra que pelo menos a vontade de ganhar do polonês ainda está intacta. Espero que consiga voltar à F1, embora seja bastante difícil. Por último, um detal

A linguagem do blog, opiniões, simpatias, amizades, celebridades, contratos, o "day after" e um monte de outras coisas

Vou até me afastar um pouco do Facebook e blogs hoje. Provavelmente muitos vão sentar a pua no Felipe Massa, por supostamente ter, mais uma vez, "covardemente" se "rendido" e "deixado" Fernando Alonso ultrapassá-lo. Felipe fez uma boa corrida, e ficou claro que o desempenho do seu carro, devido aos pneus, piorou bastante na segunda metade da prova. Portanto, não acho que se "rendeu", se demonstrou "covarde" ou "n" outras coisas. Tanto é que logo após ser ultrapassado por Alonso, Perez, justo ele, o "papou" sem muito problema, e Kimi, que fez uma corrida discreta, chegou bem próximo no final. Entendo que muita gente não simpatize com Felipe. Já conheci um sem número de pessoas famosas, desde esportistas, cantores, empresários, políticos, músicos, socialites, jornalistas etc. no auge da fama ou já decadentes. De modo geral, não são simpáticos, principalmente dependendo da forma que você os conhece. Geralmente, quan

Rubinho e o Ganso, quem não chora não mama e o twitter e a massa branca

A vida está cheia de paralelos. Vai aqui mais um. Todos já sabem que Romain Grosjean foi suspenso durante um GP. Considero a suspensão justa, não somente pelo incidente isolado, mas por já ter feito besteiras em diversas outras corridas, desde o começo da temporada. Precisa levar uma lição, mais do que Patrese merecia em 1978. Daí vem o twitter. A ferramenta mais mal usada da história da humanidade!!! Gosto de espontaneidade, porém, penso muito no que falo (e escrevo). Infelizmente, esta nova mídia frequentemente expõe as celebridades que a usa como meio de interagir com seus fãs - ou detratores, e lhes causam mais problemas do que benefícios. O meia Paulo Henrique Ganso, há mero ano e meio atrás um dos jogadores mais assediados do mundo, provavelmente reduziu bastante seu valor por certas coisas que escreve no twitter. Não sei se é acessorado por alguém, certamente não por um advogado, muito menos, por marqueteiro. Embora o twitter sirva para manter a pessoa na mídia, sempre ávi

A grande oportunidade da carreira de Lucas di Grassi

Certamente não foi ter corrido uma temporada de F1 pela desastrada Virgin. Nem tampouco, ser por algum tempo um piloto do esquema Renault. Ou ser piloto de testes da Pirelli. Sequer seus vice-campeonatos na GP2. Sua participação como piloto da Audi nas 6 Horas de Interlagos é a sua grande oportunidade. Nem mesmo o Tom Kristensen devia dizer, quando pequenino, que seu sonho era ser um grande piloto de protótipos. Sejamos honestos. Todos queriam ser o novo Ayrton Senna, e nas gerações aneriores, o novo Fangio, o novo Clark, ou o novo Nuvolari. O sonho de todo jovem piloto é ser um dos grandes da F1, do mundo dos GPs. E não digo do GP de Baltimore...  Kristensen sequer teve a oportunidade de pilotar para uma equipe de segundo escalão da F1. Nunca foi considerado, embora tenha pilotado monopostos quando jovem, e foi direto para os protótipos, ganhando no início da sua carreira. Hoje, muitos anos depois, o dinamarquês tem o orgulho de ser o maior vencedor de Le Mans, com oito vitóri

GP da Bélgica

Os metafísicos diriam que eu "sequei" o pobre do Kobayashi. O coitado nem teve o prazer de largar direito, e acabou no azarento décimo terceiro lugar. As duas reais "estrelas" da largada foram, novamente, Grosjean e Maldonado. Romain me lembra um pouco Jody Scheckter de 1973. Parece ter a noção de que GPs são ganhos na primeira volta. Espero que encontre o seu Ken Tyrrell para dosar seu óbvio entusiasmo, caso contrário, logo entrará na longa lista de "Se" da F1. Sua exclusão do próximo GP pode ajudá-lo a repensar sua estratégia. Já Maldonado surpreendeu a todos com sua homérica queimada de largada. Os comentaristas da Speed acharam que não queimou, e na realidade, parece que não queimou mesmo. Entretanto, diria que sua intenção foi queimar e deu sorte! Pode ser também que sua principal intenção foi evitar o carro de Kobayashi, que intuiu não sairia do lugar. Curiosamente, o venezuelano e o francês estão sempre no meio das bagaceiras. Massa finalmente

Será que um japonês finalmente fatura uma na F1?

Apesar de presentes na F1 desde 1975, nenhum piloto japonês ganhou na F1 até hoje. Aliás, nenhum asiático ganhou um GP, o único continente que não teve um vencedor na categoria, apesar de representado desde os anos 50 com B.Bira. Até a África teve seu vencedor (e campeão). O primeiro japonês a correr numa prova de F1 foi Noritake Takahara, que correu com um March no Daily Express Trophy de 1974. Depois, Hiroshi Fushida tentou se classificar em GPs em 1975, com o fraco Maki. Na época,   alguns bons pilotos japoneses disputavam corridas na Europa e EUA, Hiroshi Kazato, Tetsu Ikusawa e Masami Kuwashima. Porém, os primeiros a fazer algum sucesso foram Masahiro Hasemi e Kazuoyshi Hoshino, no GP do Japão de 1976. Com pneus especiais da Dunlop e Bridgestone, Hasemi fez a melhor volta com o Kojima e Hoshino chegou a andar em terceiro com um Tyrrel 007. Houve gente que disse que a suposta melhor volta de Hasemi nunca ocorreu, mas os dois nipônicos correram bem, sem dúvida. Desde então, ve